28 janvier 2011

// O SEMPRE CÉU


...De além-horizonte norte e além-horizonte sul, de além-terra a além-mar, reina, calmo e sereno, o céu. E reparei que o céu está sempre em movimento, mas nunca some. Que, aconteça o que acontecer, o céu está sempre conosco. Que o céu não pode ser afetado. Meus problemas, para o céu, não existem, nunca existiram e nunca existirão. Que o céu não interpreta mal. Que o céu não julga. Que o céu, muito simplesmente, existe. Existe, quer desejemos aceitar esse fato ou nos enterrar-nos debaixo de mil quilômetros de terra ou mais fundo ainda, sob o teto impenetrável da rotina.
- Ora, desça das nuvens, bote os pés no chão! – dizem as pessoas. Mas, em ocasiões tão diversas quanto naquela praia deserta ou numa rua super movimentada, eu fui transportado do mais negro desespero para a liberdade. Da irritação, da raiva e do medo para a constatação:
-Ora, que me importa? Eu sou feliz! Só por olhar o céu...O céu não é Deus, mas para as pessoas que gostam de voar, o céu pode ser um símbolo de Deus e, pensando bem, até que um bom símbolo. ...O céu está sempre lá em cima... Não pode ser enterrado, transladado, acorrentado, arrasado. O céu existe, apenas, queiramos nós ou não, olhemos ou não para ele, se o amarmos ou o odiarmos. Existe: quieto, grande, presente. O céu é uma coisa misteriosa. Está sempre se movendo, mas nunca desaparece. Não liga, para nada que seja diferente dele. O céu sempre existiu, sempre existirá. O céu não entende mal, não fica ofendido, não exige que façamos nada em especial, em nenhuma altura. Não é um bom símbolo de Deus?... (do livro: O Paraíso é uma Questão Pessoal – Richard Bach)






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